Bitcoin atinge menor valor em duas semanas, a US$ 113 mil
Nesta quarta-feira, 20, o clima no mercado de criptomoedas não é dos melhores. A maioria dos ativos do top 100 está em queda, e o Bitcoin (BTC) não ficou de fora dessa. Com um recuo de 1,5%, a moeda líder do mercado agora está cotada a US$ 133.646. Ontem à noite, já havia registrado uma queda mais acentuada, chegando a US$ 112,6 mil — o que representa seu desempenho mais fraco desde o início de agosto. Se você prefere olhar para o preço em reais, o BTC está sendo negociado a aproximadamente R$ 627.977.
O Ethereum (ETH) também não escapou: com uma queda de 2%, agora vale US$ 4.217. Outras criptomoedas, como XRP e Cardano (ADA), enfrentaram desvalorização ainda maior, com quedas de 4% e 8%, respectivamente.
Essa oscilação no mercado acontece após um período de alta. Os investidores parecem estar reavaliando suas estratégias e se afastando de ativos mais arriscados. As preocupações com a inflação, tarifas e tensões geopolíticas podem ter influenciado essa mudança de atitude.
Joe DiPasquale,CEO do BitBull Capital, comentou sobre o cenário atual. Para ele, o recuo é resultado de uma combinação de nervosismo ligado à economia global e um ajuste necessário após uma alta recente. O aumento nos rendimentos do Tesouro dos EUA e dados econômicos que surpreenderam positivamente acabaram impactando também o mercado de criptomoedas.
No que diz respeito às expectativas macroeconômicas, o clima por enquanto é de cautela. Com o simpósio anual do Federal Reserve começando amanhã em Jackson Hole, a atenção se volta para o discurso de Jerome Powell na sexta-feira. É nesse momento que muitos esperam saber mais sobre um possível corte de juros na reunião do Fed em setembro.
Analistas da QCP Capital observaram que as apostas estão altas, uma vez que a política monetária precisa encontrar um equilíbrio entre a inflação em queda e os riscos de emprego em alta.
Apesar das incertezas no curto prazo, há um otimismo em relação ao longo prazo para o mercado de criptomoedas. Por exemplo, a recente aprovação da Lei GENIUS e a adoção institucional ultrapassando US$ 100 bilhões são sinais positivos. No entanto, a recente onda de vendas sugere que os ativos de risco ainda enfrentam períodos de volatilidade, especialmente se Powell adotar um discurso mais agressivo ou se os dados de trabalho e de inflação surpreenderem.
De forma geral, o Bitcoin teve um desempenho forte no segundo trimestre e continua se destacando como um ativo de risco interessante. Para quem está acompanhando o mercado, talvez seja a hora de agir de forma estratégica, já que as oportunidades podem surgir nesse cenário dinâmico.